Feliz Ano Novo! Acabou 2020, acabou sem festas, sem povo na rua, acabou amordaçado pela pandemia que dominou os acontecimentos de 2020. O COVID entrou por 2021 sem pedir licença, irá continuar a atormentar e a marcar o dia a dia da população do planeta. A vacinação começou nos últimos dias de dezembro do ano passado, um pouco por todo o mundo, não obrigatória, com efeitos ainda a longo prazo. e tantos e tantos planos de vida continuam adiados. Os números de infetados e de mortos aumentam e recordes trágicos ainda hoje são batidos. A este ritmo os EUA atingirão os 400.000 mortos em meados de janeiro. Instalou-se um cansaço e uma inquietação que mói em surdina. Os gestos são pensados e antecipados ao pormenor, as rotinas alteraram-se e reajustaram-se, as palavras quase deixaram de fazer sentido. Distopia é esta coisa de agora, a que antes chamávamos realidade, e veio para ficar.
Deste dia 1 de janeiro destaco, com grande tristeza, a morte de Carlos do Carmo. Deixou-nos o fadista.o homem, o cantor, a voz ímpar que nos acompanhou ao longo de mais de meio século de uma carreira incomparável. O país ficou mais pobre com a sua partida, ficou menos harmonioso, menos elegante...
Destaco a chegada de Portugal ao leme da Presidência do Conselho da União Europeia, cargo que vai exercer depois da Alemanha e antes da Eslovénia, e logo neste período tão delicado da vida de todos os europeus.
Esta sexta-feira, dia 1 de janeiro de 2021, assinala-se também o dia da entrada em vigor do acordo de parceria entre a União Europeia e o Reino Unido. O famigerado processo do Brexit chegou ao fim, e os ingleses já não fazem parte da Europa comunitária, (se é que alguma vez lá estiveram incluídos de corpo e alma). As primeiras reações dos seus companheiros do norte, entenda-se os escoceses, não fazem adivinhar bonança para essa parte da ilha, aliás a primeira ministra da Escócia já veio sublinhar que “esta saída é muito mais dura do que se poderia ter imaginado na altura do referendo", e deseja um novo referendo sobre a independência e a permanência do seu país na Europa Comunitária. Sobre esta matéria, é curioso que Stanley Johnson, pai de Boris Johnson, tenha já pedido a cidadania francesa...
Estamos obrigados, desde hoje, a permanecer em casa das 13.00 até às 05.00 da manhã do outro dia, isto até 3 de janeiro de 2021. Confinamento obrigatório para tentar conter a propagação do vírus. Não está a ser nada fácil o início desta terceira década do século XXI...
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