segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

04 de JANEIRO 2021 - Quarto dia da terceira década do terceiro milénio

Por qualquer estranha razão ainda há quem continue a desejar "Feliz Ano Novo" quando nos veem aproximar ao longe? Não sei se repararam, mas já passaram quatro dias da nova década e todos entendemos que a tão desejada Felicidade vai demorar a chegar. Como tal, desejemos apenas bom-dia, ou boa-tarde, ou então limitemo-nos a apreciar a beleza incomparável do silêncio, tesouro cada vez mais menosprezado nos dias que correm. Um simples olá é cumprimento mais que suficiente e gasta menos energias. As pessoas estão cada vez mais cansativas, falam do frio, da chuva, do vento, deixaram de falar do Amor, de poesia, de literatura, deixaram de escutar a musicalidade incomparável dos silêncios das alvoradas e parecem ser incapazes de observar as tonalidades de Turner na luminosidade do nascer dos dias.

Os britânicos vão fechar-se dentro de portas por um período de seis semanas, Covid oblige. Acho bem, pois se antes achavam quase imoral deixarem de se reunir nos pubs ou de tomar o chá das 5 por causa de um mero vírus, agora...bom, agora assumem que talvez seja melhor fazer como a maioria dos países da... Europa fez durante Março e Abril do ano passado. Pouco importa que estejam atrasados nas medidas alguns meses, é que os britânicos gostam muito de pensar, com afinco e ao detalhe, sobre todas as coisas da vida,... e as da morte também. Desde que God Save the Queen, está tudo bem, ou como dizia a canção, Andra Tutto Benne, assim é que é!

Nos EUA, se não fosse coisa séria, até daria vontade de rir. As autoridades estaduais de Washington ativaram qualquer coisa como 340 soldados da Guarda Nacional norte-americana para proteger a capital dos Estados Unidos face à manifestação de apoiantes fanáticos do Presidente cessante Donald Trump marcada para a próxima quarta-feira, dia 6 de janeiro. Este avanço civilizacional profundo da Nação mais poderosa do planeta é um sinal dos tempos. O homem com o mesmo nome do mais famoso pato do Mundo, depois do pato à Pequim, e a quem os norte-americanos decidiram entregar os destinos do país durante os últimos quatro anos, continua a fazer birra para relembrar, a todos aqueles que o veneram, que é MESMO ele a maior ameaça à democracia dos tempos modernos. Espero que a nossa CMTV tenha enviado várias equipas de reportagem à capital do reino Estado Unidense, pois imagino que serão vários os pontos de reportagem. Já nem vou falar da gravação do telefonema em que Trump pressionou o principal responsável eleitoral do estado da Geórgia, durante cerca de uma hora, para fazer uma recontagem fantasma com mais 11780 votos a seu favor para assim reverter o resultado eleitoral nesse estado. Um dos nossos candidatos presidenciais, cujo nome evito mencionar por razões sanitárias, já terá antecipado e preparado estratégia idêntica para conseguir reverter a seu favor o número de votos suficientes para conseguir alcançar a tão desejada segunda volta. Nem imagina a tareia que levará nessa segunda volta do candidato Tino de Rãs.  


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