"Foi o mar quem lhe roubou o pai e os irmãos, e nunca lhe pediu
desculpa, e as serras ensinaram-lhe a perdoar essa causa passada que
tanto o perturbava. Aos poucos começou a compreender e a melhor aceitar o
seu destino.
As vozes chegavam-lhe de todos os lados, vinham por detrás, outras encavalitavam-se aos seus ombros e saltavam-lhe para cima, outras permaneciam ali anichadas, à espera de vez para serem murmuradas.
- Vem – repetiu ele para o mesmo sol que antes o acordara – Diz-me se eles ainda estão vivos, já que a lua faz de conta que não me conhece. Ela ignora os que a interrogam, é grande apreciadora do silêncio."
João Santos
in "O Lago das estátuas de pedra"
https://youtu.be/hG4lT4fxj8M
As vozes chegavam-lhe de todos os lados, vinham por detrás, outras encavalitavam-se aos seus ombros e saltavam-lhe para cima, outras permaneciam ali anichadas, à espera de vez para serem murmuradas.
- Vem – repetiu ele para o mesmo sol que antes o acordara – Diz-me se eles ainda estão vivos, já que a lua faz de conta que não me conhece. Ela ignora os que a interrogam, é grande apreciadora do silêncio."
João Santos
in "O Lago das estátuas de pedra"
https://youtu.be/hG4lT4fxj8M
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