domingo, 30 de janeiro de 2011

As Tentações de Santo Antão

Faltam-me as palavras para tentar definir tão espantosa obra-prima!
Aqui deixo Mestre Hieronymus! Fará em 2016 quinhentos anos da sua morte.
Parece que nunca esteve tão actual....

domingo, 23 de janeiro de 2011

Um filme para os Óscares. A não perder! THE KINGS SPEECH.



Este será um dos filmes que, obrigatoriamente, vai dar muito que falar nos próximos Óscares.
As interpretações fabulosas de Collin Firth e de Geoffrey Rush num dos "casamentos" de actores mais bem conseguido dos últimos anos, trará, com quase toda a certeza, nomeações para ambos e muitas outras para este filme espantoso de Tom Hooper.
O Óscar de melhor actor deve cair este ano nas mãos de Collin Firth, a quem a Academia "negou" a vitória no ano passado. Será assim feita justiça ao actor do momento. De realçar que neste filme contracenam muitos dos actores que com ele participaram na famosa adaptação da BBC da obra de Jane Austen, "Pride and Prejudice". Assim se prova que nesta ingrata profissão, alguns actores são como um bom vinho do Porto.



Outra delícia cinematográfica, é o perturbardor filme "Black Swan". Vai ser difícil derrotar Natalie Portman este ano. A sua nomeação será uma mera formalidade e o Óscar terá ( quase ) de certeza o seu nome.
A actriz pode já reservar um lugar na lareira para colocar a bonita estatueta.



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uma Aventura da senhora Alçada no País dos testas de ferro.


foto: José Goulão


O projecto de despacho de organização do ano lectivo chegou às mãos dos sindicatos na sexta-feira passada, dia 7 de Janeiro de 2011. O Ministério da Educação apenas deu 3 dias aos sindicatos para se pronunciarem, o que é nitidamente pouco tempo para ler e negociar um diploma que impõe algumas propostas negativas (retiradas daqui):

• Eliminação de um número mínimo de horas para a componente não lectiva de trabalho individual dos docentes, sendo criado um quadro de discricionariedade na distribuição de serviço;
• Eliminação das horas de redução do desporto escolar, o que se traduzirá na anulação de cerca de 1.000 horários;
• Grande limitação dos cargos que implicam redução na componente lectiva de quem os exerce, o que significa uma sobrecarga de trabalho de alguns, com vista a eliminar milhares de horários;
• Extinção de todas as horas autorizadas às escolas para o desenvolvimento de projectos específicos, nomeadamente de promoção do sucesso e combate ao abandono escolar;
• Alteração profunda do cálculo do crédito global de horas que as escolas têm para se organizarem. De uma forma geral, as escolas passarão de mais de 100 horas para 8 ou, no caso da constituição de mega-agrupamentos, de mais de 200 horas para 4. 


É deveras impressionante a pressa em aprovar este despacho... Se o lerem com atenção, irão constatar que existem sérios motivos para aprovar rapidamente aquilo que constitui uma novidade cronológica no que concerne a documentos similares (em anos anteriores).


retirado de http://profslusos.blogspot.com/2011/01/projecto-de-despacho-de-organizacao-do.html

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Já agora, para que conste, aqui fica esta bonita ( e bem acertada ) imagem do Mui nobre e Leal presidente Cavaco! Para que conste.

AS MULHERES DE CAVACO

por Daniel Oliveira (www.expresso.pt) 
8:00 Segunda feira, 27 de Dezembro de 2010 

No debate com Defensor Moura, Cavaco Silva louvou as mulheres por cuidarem das crianças e tratarem do orçamento doméstico. Quando Cavaco fala é um País antigo que regressa. 
No debate com Defensor Moura - em que o actual presidente, sem estar protegido por discursos escritos, demonstrou até onde pode ir a sua arrogância -, coube a Cavaco Silva o minuto final. Dedicou-o às mulheres, que nesta quadra festiva estão em destaque. Não fosse a virgem Maria modelo para todas as senhoras sérias e a família o centro das suas vidas. 
Ao falar às mulheres, Cavaco fez-lhes um elogio. Pela sua participação cívica na vida da comunidade? Não. Pelo papel crescente que vão tendo nas empresas, na Academia, na cultura, na política? Menos ainda. O elogio foi para as mães, esposas e donas de casa. Por cuidarem das crianças e fazerem milagres com o apertado orçamento familiar. 
Quando Cavaco Silva fala o tempo anda para trás. Revela-se o líder paternal, que trata, com a serenidade dos homens ponderados, das coisas do Estado. Vigilante, protege-nos dos excessos. Nunca debate, porque o debate poderia dar a ideia de que ele navega nas águas sujas da polémica democrática. Ele é o consenso. Apesar de tudo o que sabemos, representa a honestidade no seu estado mais virginal. E para ser mais honesto do que ele qualquer um teria de nascer duas vezes e, supõe-se, duas vezes escolher Dias Loureiro como seu principal conselheiro político. A cada acusação responde sem resposta, porque ele está acima da crítica. A crítica a Cavaco é, ela própria, uma afronta à Pátria. 
Mas o tempo volta para trás não apenas no olhar que tem de si próprio, mas no olhar que tem do País. Nesse País está, no centro de tudo, a família. E no centro da família está a mulher.. Não a mulher que tem uma vida profissional relevante e é uma cidadã activa e empenhada. Mas a esposa e a mãe. É ela - quem mais? - que cuida dos filhos e gere as finanças domésticas. 
Cavaco Silva não se engana. Esse país modesto e obediente - onde o chefe de família confia no líder que trata das finanças da Nação e na mulher ponderada que trata das finanças da casa - ainda existe. Ao lado de um outro, feito por uma geração que nasceu numa democracia cosmopolita. Onde os cidadãos têm sentido crítico e as mulheres têm vida fora do lar. Onde os homens também cumprem o seu papel nas coisas comezinhas da educação dos filhos e a gestão da economia doméstica também é obrigação sua. Onde os cidadãos não procuram homens providenciais que os protejam do Mundo. O problema de Cavaco não é viver divorciado do País real. É haver uma parte desse país que lhe escapa. 
Cavaco Silva recorda o que fomos: provincianos, medrosos, conservadores, ordeiros. E nós, como todos os povos, carregamos no que somos um pouco do nosso passado. O cavaquismo representa um Portugal que demora a dar-se por vencido. É o último estertor do nosso atraso. E o seu último minuto teve aquele cheiro insuportável a naftalina. Aos mais velhos, que o reconhecem, dá segurança. Aos mais novos, a quem diz tão pouco, parece tão inofensivo como um avô vindo de outro tempo. 
Há quem ache que Cavaco não é de direita. Engana-se. Cavaco é a única direita que realmente existe em Portugal: conservadora, tacanha, provinciana, caridosa e estatista.
Palavras para quê?
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Ao ritmo galopante da(s) crise(s)...

Impossível passar um só dia sem que sejamos bombardeados por novidades cada vez mais catastróficas sobre a(s) Crise(s).

O preço dos combustíveis a marchar até ao infinito, os ordenados finalmente "cortados" preto no branco e a DOER, os nossos novos "Doutores" a encabeçarem as listas dos que mais sofrem com o desemprego, os governantes a continuarem a atiçar e a vomitar normas, despachos e decretos verdadeiramente insensatos e claramente anti-sociais em todas as áreas destruindo a Justiça, a Educação, a Saúde e dilacerando definitivamente a miserável e ruinosa Economia da Nação.

Arrisca-se este triste Portugal ao que por várias vezes vimos acontecer em países já bem mergulhados neste lamaçal ruinoso, ou seja, o CAOS e a REVOLTA generalizada, que a propagar-se será como um rastilho aceso a caminhar para um paiol de pólvora que não mais terá um FIM.
Quem manda não tem pensado em função do Bem Estar, da Paz e da Estabilidade Social de quem democraticamente os nomeou. A classe dirigente está em Crise de Valores e de Ideologias de há muitos anos a esta parte, e pede a quem menos responsabilidades tem nesta vergonha Nacional e Global, que pague todas as facturas, as passadas, as actuais e as que ainda estão para cair que nem avalanches em cima de todas as nossas cabeças.

Esta sim é a verdadeira e triste Crise, e as lições da História, infelizmente, esquecem-se muito rapidamente. Não é necessário recuar muitos anos nesta nossa Europa tão "unida" para sabermos o que está implícito nas entrelinhas destes tristes e miseráveis tempos que ainda só estão no seu início.


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