Escolher o melhor e o pior deste ano de 2009. Em várias áreas e passando por interesses diversificados, este foi um ano que rapidamente se esgotou, mais um que desejou acabar depressa, e aqui estamos quase a dizer-lhe adeus.
PENSAMENTOS PARA ESTES ÚLTIMOS DIAS DE 2009
Apetece-me apenas recordar coisas boas, apesar de ser mais fácil considerar as coisas más para enumerar, e não foram poucas.
Se o Mundo continua redondo, aos homens vai-se esgotando o tempo disponível para o conseguir manter azul e verde...
Acabei o meu segundo romance e estou com o terceiro a arrancar ( embora passe neste momento por um pequeno período de "descanso" ). Foi uma viagem espantosa que não mais poderei esquecer. Conheci personagens apaixonantes na construção da história e não mais conseguirei dormir da mesma forma.
Férias a passear por uma Europa mais burguesa e populosa, as cócegas que tive em Itália, os olhos dos meus filhos a brilhar em frente de obras primas de Botticelli, de Da Vinci, de Giotto, de Rafael, de Piero de la Francesca, de tantos tantos outros. As crianças e as memórias que guardaremos todos uns dos outros deste Agosto passado.
The Reader, ( o leitor )! O melhor de todos os filmes deste ano, ( e do próximo e do outro a seguir ). Um filme assim não aparece todos os anos.
Os dois primeiros episódios da 6ª série do Dr. House, com Franka Potente ( a mesma de Lola Rennt ). Foram cerca de noventa minutos passados num hospital psiquiátrico e com assombrosas interpretações de Hugh Laurie e da actriz alemã. O melhor que a tv ( um verdadeiro lixo ) nos mostrou ao longo deste ano. Fez-me recordar Milos Forman e o seu "Voando sobre um ninho de cucos".
Coraline, o melhor filme de animação do ano. Um doce de história e uma realização assombrosa de Henry Selick, que já provou ser um espantoso iluminado ao servir-nos a sua arte nos filmes "James e o pêssego gigante" e "O estranho Mundo de Jack". Todos obras-primas.
Mudei de escola, keep moving forward...
Os sorrisos dos meus filhos estão cada vez mais iluminados, crescem, crescem e crescem a voar...
O sol ainda brilha, a lua ainda por lá se mantém e isso devia ser tudo aquilo que nos interessa. A capacidade que alguns de nós ainda vão tendo em conseguir entender a magia da sua eterna beleza.
A Cimeira de Copenhaga não nos trouxe qualquer novidade! Que grande novidade! Os povos não se entendem e o planeta irá sofrer nas próximas décadas ameaças e alterações tão avassaladoras quanto temíveis.
Estarei a ser pessimista? A Humanidade cavou um fosso gigantesco entre ricos e pobres, entre os países ditos desenvolvidos e aqueles que tudo fazem para lá chegar...
E depois existe a China, que tudo parece produzir, que tudo vai fabricando, que vai queimando carvão, que vai largando as bicicletas, que vai crescendo, que aos Estados Unidos vai ameaçando, uma ameaça que vai muito para lá das suas gigantescas capacidades de produção.
E depois existe a Índia, e os países do antigo bloco soviético com as perigosamente esquecidas armas atómicas de destruição que fariam corar de inveja as torres gémeas do 11 de Setembro.
E o Brasil e as suas ambições de crescimento económico global que o transformaram num país que tanto cresce como destrói recursos a uma velocidade dramática.
E os outros, aqueles que se preocupam em alimentar o imenso ódio pelo inimigo Americano e tudo o que a sociedade desenvolvida e laica representa, uma verdadeira "guerra santa" que é alimentada pelas raízes do medo, da pobreza e da cultura do terror.
ESTE NOSSO PLANETA VAI SOFRER:
com o aumento e o crescimento da taxa de natalidade ( somos quase 7 biliões de seres humanos e nascemos mais nos países mais pobres e menos desenvolvidos )
com o aumento da poluição produzida pelos países em vias de desenvolvimento
com o aumento das desigualdades sociais a nível regional e global
com a natural degradação dos ecossistemas naturais
com o aumento das manifestações de desagrado que irão criar situações complexas para os estados soberanos
com o crescimento dos grandes aglomerados urbanos, das grandes metrópoles e megalópoles
com as migrações dos povos de países em dificuldades económicas, desalojados,
Mas sofrerá de maneira ainda mais vincada e visível com a incapacidade que o ser humano sempre mostrou ao longo da sua história em conseguir dialogar, em conseguir ultrapassar todas as suas diferenças para atingir um estado de humildade e sapiência tal que lhe permita, realmente, evitar a mais que previsível e inevitável catástrofe global.
Neste Feriado de 1 de Dezembro, apeteceu-me encher o meu blog com água do mar, com as cores da espuma ao chegar às quentes areias que as recebem de braços abertos.
Apetecia-me estar no meio de um mar tranquilo e de águas mornas, como tal molhei o meu blog com esta onda salgada e colorida.