A sociedade recusa o amor
Henri Matisse “nu azul”
Escreveu o Persa Saad Varâvini, em 1225, em Tabriz.
Não há retorno para a palavra que sai da boca. A flecha não regressa à corda do arco.
«Por que razão o amor é misterioso (misterioso quer dizer místico e místico quer dizer silencioso), inefável, indizível, inexprimível sob pena de se extinguir? Por que é que a noite sem sono configura a toca mística deste silêncio?»
E argumenta: «A sociedade existe através da linguagem, ao ponto de sociedade e língua se identificarem. Mas nem a sociedade nem a língua são invenções humanas. São ambas pretéritas. São ambas cegas e surdas aos membros que participam no que elas ditam.»
E o corolário: «A sociedade recusa o amor.
O amor é sozinho e secreto ou não é.
Se aparece a linguagem, a união desaparece. Se aparece a linguagem, aparece a sociedade, reaparece a família, reaparece a ordem, a moral, o poder, a hierarquia, advém a lei interiorizada.»
Henri Matisse “nu azul”
Escreveu o Persa Saad Varâvini, em 1225, em Tabriz.
Não há retorno para a palavra que sai da boca. A flecha não regressa à corda do arco.
«Por que razão o amor é misterioso (misterioso quer dizer místico e místico quer dizer silencioso), inefável, indizível, inexprimível sob pena de se extinguir? Por que é que a noite sem sono configura a toca mística deste silêncio?»
E argumenta: «A sociedade existe através da linguagem, ao ponto de sociedade e língua se identificarem. Mas nem a sociedade nem a língua são invenções humanas. São ambas pretéritas. São ambas cegas e surdas aos membros que participam no que elas ditam.»
E o corolário: «A sociedade recusa o amor.
O amor é sozinho e secreto ou não é.
Se aparece a linguagem, a união desaparece. Se aparece a linguagem, aparece a sociedade, reaparece a família, reaparece a ordem, a moral, o poder, a hierarquia, advém a lei interiorizada.»
Sem comentários:
Enviar um comentário