Para saber quem realmente eu sou,
e talvez só exista se escrever.
Hoje, ao passar a computador as palavras de um dos capítulos que
escrevi no passado dia 23 de outubro, comecei a sentir quase o mesmo que
uma das personagens do meu romance:
"A minha alma está repleta de ondas e marés, e de frases enigmáticas proferidas por pessoas que não conheço mas que sinto fazerem parte de mim. Contam-me histórias do meu passado como se fossem lendas ou acontecimentos raros, e eu duvido se realmente as vivi. Decerto, nunca existi. Tenho receio de quem sou e sinto pavor desta vida que me trouxe tão depressa até este lugar, e eu que nunca tive pressa de lhe pertencer, não assim, não com este medo que cresce a cada instante e que não me dá alívio. Deixarei de ser capaz de recordar! A tristeza tomou conta dos meus sonhos (...), e agora só escuto vozes que amaldiçoam e já nem sei em que dia me encontro."
Assim é,
as minhas histórias chegam-me do fim do mundo,
de repente
e eu tenho de escrever, senão,
quem embalaria as viagens desses navios?
"A minha alma está repleta de ondas e marés, e de frases enigmáticas proferidas por pessoas que não conheço mas que sinto fazerem parte de mim. Contam-me histórias do meu passado como se fossem lendas ou acontecimentos raros, e eu duvido se realmente as vivi. Decerto, nunca existi. Tenho receio de quem sou e sinto pavor desta vida que me trouxe tão depressa até este lugar, e eu que nunca tive pressa de lhe pertencer, não assim, não com este medo que cresce a cada instante e que não me dá alívio. Deixarei de ser capaz de recordar! A tristeza tomou conta dos meus sonhos (...), e agora só escuto vozes que amaldiçoam e já nem sei em que dia me encontro."
Assim é,
as minhas histórias chegam-me do fim do mundo,
de repente
e eu tenho de escrever, senão,
quem embalaria as viagens desses navios?