sexta-feira, 14 de setembro de 2012

E o Douro aqui tão perto!






Escolher o melhor do nosso país para descansar, para conhecer, para recarregar as "baterias" gastas num ano de trabalho.
Foi no final de Agosto, em Tabuaço. Uma região que todos deveríamos visitar, onde as gentes, a gastronomia, o vinho, a paisagem, a cultura e a nobreza do património do concelho são do melhor que o nosso Portugal tem para oferecer. Escolham a Casa do Brasão para pernoitar, e não percam a visita à adega e o passeio pelas vinhas por onde a paisagem nobre e única se dá a conhecer do outro lado das veredas.
Voltaremos, com certeza, a quem tão bem nos recebeu! E não podemos deixar de recomendar o restaurante Tachinho da Té, onde cada prato era servido como um convite a regressar.





Até já Douro vinhateiro!

domingo, 9 de setembro de 2012

Gosto de ser professor... sou masoquista


Os professores - Ricardo Araújo PereiraNotícia criada em 2012-08-22 e lida 37634 vezes
 
Os professores - Ricardo Araújo Pereira
Neste momento, é óbvio para todos que a culpa do estado a que chegou o ensino é (sem querer apontar dedos) dos professores. Só pode ser deles, aliás. Os alunos estão lá a contragosto, por isso não contam. O ministério muda quase todos os anos, por isso conta ainda menos. Os únicos que se mantêm tempo suficiente no sistema são os professores. Pelo menos os que vão conseguindo escapar com vida.

É evidente que a culpa é deles. E, ao contrário do que costuma acontecer nesta coluna, esta não é uma acusação gratuita. Há razões objectivas para que os culpados sejam os professores.
Reparem: quando falamos de professores, estamos a falar de pessoas que escolheram uma profissão em que ganham mal, não sabem onde vão ser colocados no ano seguinte e todos os dias arriscam levar um banano de um aluno ou de qualquer um dos seus familiares.

O que é que esta gente pode ensinar às nossas crianças? Se eles possuíssem algum tipo de sabedoria, tê-Ia-iam usado em proveito próprio. É sensato entregar a educação dos nossos filhos a pessoas com esta capacidade de discernimento? Parece-me claro que não.
A menos que não se trate de falta de juízo mas sim de amor ao sofrimento.

O que não posso dizer que me deixe mais tranquilo. Esta gente opta por passar a vida a andar de terra em terra, a fazer contas ao dinheiro e a ensinar o Teorema de Pitágoras a delinquentes que lhes querem bater. Sem nenhum desprimor para com as depravações sexuais -até porque sofro de quase todas -, não sei se o Ministério da Educação devia incentivar este contacto entre crianças e adultos masoquistas.

Ser professor, hoje, não é uma vocação; é uma perversão.

Antigamente, havia as escolas C+S; hoje, caminhamos para o modelo de escola S/M. Havia os professores sádicos, que espancavam alunos; agora o há os professores masoquistas, que são espancados por eles. Tomando sempre novas qualidades, este mundo.

Eu digo-vos que grupo de pessoas produzia excelentes professores: o povo cigano.

Já estão habituados ao nomadismo e têm fama de se desenvencilhar bem das escaramuças. Queria ver quantos papás fanfarrões dos subúrbios iam pedir explicações a estes professores. Um cigano em cada escola, é a minha proposta.

Já em relação a estes professores que têm sido agredidos, tenho menos esperança.

Gente que ensina selvagens filhos de selvagens e, depois de ser agredida, não sabe guiar a polícia até à árvore em que os agressores vivem, claramente, não está preparada para o mundo.

Ricardo Araújo Pereira in Opinião, Boca do Inferno, Revista Visão

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