Panos: Teatro de e para jovens dos 12 aos 18 anos
20 de Maio, 2011por Rita Silva Freire
Tudo começa com a escolha de uma peça. Depois, trabalha-se o texto com os autores e um encenador. A partir daí, são vários meses de ensaios, construção de cenário, desenho de luz, escolha de figurinos. Até que chega o dia da estreia.Podíamos estar a falar de praticamente qualquer peça de teatro, mas, neste caso, referimo-nos ao 'Panos – palcos novos, palavras novas', uma iniciativa promovida pela Culturgest e dirigida ao público jovem e escolar, entre os 12 e os 18 anos.
A ideia surgiu, conta ao SOL Francisco Frazão, comissário do projecto, há cerca de sete anos. O programador inspirou-se no Connections, uma iniciativa semelhante promovida pelo londrino National Theatre, há mais 15 anos. Trouxe a ideia para Lisboa e, um ano depois, começou a primeira edição do Panos.
O projecto é simples: convidam-se dois escritores portugueses contemporâneos – que podem ser, ou não, dramaturgos – a escrever uma peça para a iniciativa. Às duas peças escritas junta-se mais uma, vinda de Londres, escrita propositadamente para o Connections.
Adolescentes e contemporâneos
Depois, é a vez de os jovens se inscreverem, por grupos, no Panos, e escolherem a peça que querem apresentar. Este ano houve mais de 40 inscrições. Seguem-se vários meses de ensaios até ao dia da estreia. Depois é feita a escolha, pela Culturgest, de seis peças a levar ao palco em Lisboa.
«Mas o objectivo é que os jovens peguem numa das peças e as consigam apresentar e encenar», explica Frazão, que sublinha: «Não é um concurso, não há vencedores. Vir a Lisboa não é um prémio».
O programador vê o projecto como «um fim em si mesmo: é uma experiência de um ano de trabalho em teatro para todos os envolvidos». Ou seja, a ideia não é criar novos públicos ou futuros profissionais do teatro. «Interessa-nos este ano de trabalho, não nos interessa condicionar o futuro». Ou seja, continua, «queremos promover o encontro entre duas áreas de acção que estão, normalmente, de costas voltadas: o teatro feito por adolescentes e o teatro de escritores contemporâneos».
Frazão assinala que esta faixa etária costuma trabalhar apenas os clássicos. Além disso, diz, tanto o teatro escolar como a nova dramaturgia são duas áreas pouco desenvolvidas em Portugal.
Assim, nesta 6.ª edição, sobem ao palco este fim-de-semana (entre hoje, sábado e domingo) as peças Filhos de Assassinos, de Katori Hall, Desligar e Voltar a Ligar, de Margarida Vale de Gato e Rui Costa e Dentro de Mim Fora Daqui, de Filipe Homem Fonseca.
rita.s.freire@sol.pt
A ideia surgiu, conta ao SOL Francisco Frazão, comissário do projecto, há cerca de sete anos. O programador inspirou-se no Connections, uma iniciativa semelhante promovida pelo londrino National Theatre, há mais 15 anos. Trouxe a ideia para Lisboa e, um ano depois, começou a primeira edição do Panos.
O projecto é simples: convidam-se dois escritores portugueses contemporâneos – que podem ser, ou não, dramaturgos – a escrever uma peça para a iniciativa. Às duas peças escritas junta-se mais uma, vinda de Londres, escrita propositadamente para o Connections.
Adolescentes e contemporâneos
Depois, é a vez de os jovens se inscreverem, por grupos, no Panos, e escolherem a peça que querem apresentar. Este ano houve mais de 40 inscrições. Seguem-se vários meses de ensaios até ao dia da estreia. Depois é feita a escolha, pela Culturgest, de seis peças a levar ao palco em Lisboa.
«Mas o objectivo é que os jovens peguem numa das peças e as consigam apresentar e encenar», explica Frazão, que sublinha: «Não é um concurso, não há vencedores. Vir a Lisboa não é um prémio».
O programador vê o projecto como «um fim em si mesmo: é uma experiência de um ano de trabalho em teatro para todos os envolvidos». Ou seja, a ideia não é criar novos públicos ou futuros profissionais do teatro. «Interessa-nos este ano de trabalho, não nos interessa condicionar o futuro». Ou seja, continua, «queremos promover o encontro entre duas áreas de acção que estão, normalmente, de costas voltadas: o teatro feito por adolescentes e o teatro de escritores contemporâneos».
Frazão assinala que esta faixa etária costuma trabalhar apenas os clássicos. Além disso, diz, tanto o teatro escolar como a nova dramaturgia são duas áreas pouco desenvolvidas em Portugal.
Assim, nesta 6.ª edição, sobem ao palco este fim-de-semana (entre hoje, sábado e domingo) as peças Filhos de Assassinos, de Katori Hall, Desligar e Voltar a Ligar, de Margarida Vale de Gato e Rui Costa e Dentro de Mim Fora Daqui, de Filipe Homem Fonseca.
rita.s.freire@sol.pt
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