domingo, 17 de outubro de 2010

Maré



Não deseja o repouso das calmarias
Está viva e mostra-o com orgulho e brio

Arranca para as muralhas dos homens para as destroçar
Orgulhosamente

Uma maré viva salva-se acima de tudo
De si própria
Pela coragem demonstrada
Pela força com que se faz escutar e com que chora
Pela vontade em partir contra todas as vontades
Pela sintonia de mudança
Pelo destino que assim a moldou irreverente e selvagem
Pela própria pureza do ar que respira e a aquece
Pelo sabor da espuma das suas filhas ondas
Pelo que ainda deseja conhecer e dar a conhecer
Pelo infinito e singelo amor-próprio

A maré viva salta pelas marginais cansadas de as aguentar
Derrota-as com a maior das facilidades
Procura como todos nós
Sentir-se livre

Ser finalmente Feliz
.


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