quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Para acabar de vez com a Cultura!!!

O dia em que a casa virá abaixo...

Quando em Rapa Nui deram conta que necessitavam das árvores que estavam a abater, já a destruição daquela Sociedade estava destinada.
Para construir Mohais cada vez maiores, destruiram a floresta e toda a vegetação necessária para a sua sobrevivência.

Serão as estátuas de pedra o que verdadeiramente importa para o futuro da educação?
Mais um sinal como tantos outros pertencente às grandiosas lições de História.

Aqueles que, supostamente, possuem o poder de mandar, continuam cegamente a dar ordens para construir e fazer erguer os seus Mohais.



A floresta vai ficando cada vez mais reduzida...

domingo, 16 de novembro de 2008

O Eixo do mal


"Portugal é uma anedota com oitocentos quilómetros de costa."

Clara Ferreira Alves no Eixo do Mal - Sic Notícias

A justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca
Clara Ferreira Alves, aterradora...

Por­tu­gal tem um dé­fi­ce de res­pon­sa­bi­li­da­de ci­vil, cri­mi­nal e mo­ral mui­to mai­or do que o seu dé­fi­ce fi­nan­cei­ro, e ne­nhum por­tu­guês se pre­o­cu­pa com is­so ape­sar de pa­gar os cus­tos da mo­ro­si­da­de, do se­cre­tis­mo, do en­co­bri­men­to, do com­pa­drio e da cor­rup­ção.

Os por­tu­gues­es, na sua in­fi­ni­ta e pa­ca­ta de­sor­dem exis­ten­ci­al, acham tu­do 'nor­mal' e en­co­lhem os om­bros. Por uma vez gos­ta­va que em Por­tu­gal al­gu­ma coi­sa ti­ves­se um fim, pon­to fi­nal, as­sun­to ar­ru­ma­do. Não se fa­la mais nis­so. Vi­ve­mos no pa­ís mais in­con­clu­si­vo do mun­do, em per­ma­nen­te agi­ta­ção so­bre tu­do e sem con­clu­ir na­da.

Des­de os Tem­plá­rios e as obras de San­ta En­grá­cia, que se sa­be que, na­da aca­ba em Por­tu­gal, na­da é le­va­do às úl­ti­mas con­se­quên­cias, na­da é de­fi­ni­ti­vo e tu­do é im­pro­vi­sa­do, tem­po­rá­rio, de­sen­ras­ca­do.

Da mor­te de Fran­cis­co Sá Car­nei­ro e do eter­no mis­té­rio que a ro­deia, foi cri­me, não foi cri­me, ao de­sa­pa­re­ci­men­to de Ma­de­lei­ne McCann ou ao ca­so Ca­sa Pia, sa­be­mos de an­te­mão que nun­ca sa­be­re­mos o fim des­tas his­tó­ri­as, nem o que ver­da­dei­ra­men­te se pas­sou nem quem são os cri­mi­no­sos ou quan­tos cri­mes hou­ve.

Tu­do a que te­mos di­rei­to são in­for­ma­ções ca­í­das a con­ta-go­tas, pe­da­ços de enig­ma, pe­ças do que­bra-ca­be­ças. E ha­bi­tuá­mo-nos a pres­cin­dir de apu­rar a ver­da­de por­que in­ti­ma­men­te acha­mos que não sa­ber o fi­nal da his­tó­ria é uma coi­sa nor­mal em Por­tu­gal e que es­te é um pa­ís on­de as coi­sas im­por­tan­tes são 'aba­fa­das', co­mo se vi­vês­se­mos ain­da em di­ta­du­ra.

E os no­vos có­di­gos Pe­nal e de Pro­ces­so Pe­nal em na­da vão mu­dar es­te es­ta­do de coi­sas. Ape­sar dos jor­nais e das te­le­vi­sões, dos blogs, dos com­pu­ta­do­res e da In­ter­net, ape­sar de ter­mos aces­so em tem­po re­al ao mai­or nú­me­ro de no­tí­cias de sem­pre, con­ti­nua­mos sem sa­ber na­da, e es­pe­ran­do nun­ca vir a sa­ber com to­da a na­tu­ra­li­da­de.

Do ca­so Por­tu­ca­le à Ope­ra­ção Fu­ra­cão, da com­pra dos sub­ma­ri­nos às es­cu­tas ao pri­mei­ro-mi­nis­tro, do ca­so da Uni­ver­si­da­de In­de­pen­den­te ao ca­so da Uni­ver­si­da­de Mo­der­na, do Fu­te­bol Clu­be do Por­to ao Sport Lis­boa Ben­fi­ca, da cor­rup­ção dos ár­bi­tros à cor­rup­ção dos au­tar­cas, de Fá­ti­ma Fel­guei­ras a Isal­ti­no Mo­ra­is, da Bra­ga par­ques ao gran­de em­pre­sá­rio Bi­bi, das quei­xas tar­di­as de Ca­ta­li­na Pes­ta­na às de Jo­ão Cra­vi­nho, há por aí al­guém que acre­di­te que al­gum des­tes se­cre­tos ar­qui­vos e seus pos­sí­veis e ale­ga­dos, mui­tos ale­ga­dos cri­mes, aca­bem por ser in­ves­ti­ga­dos, jul­ga­dos e de­vi­da­men­te pu­ni­dos?

Va­le e Aze­ve­do pa­gou por to­dos.

Quem se lem­bra dos do­en­tes in­fec­ta­dos por aci­den­te e ne­gli­gên­cia de Le­o­nor Be­le­za com o ví­rus da si­da?

Quem se lem­bra do mi­ú­do elec­tro­cu­ta­do no se­má­fo­ro e do ou­tro afo­ga­do num par­que aquá­ti­co?

Quem se lem­bra das cri­an­ças as­sas­si­na­das na Ma­dei­ra e do mis­té­rio dos cri­mes im­pu­ta­dos ao pa­dre Fre­de­ri­co?

Quem se lem­bra que um dos ra­ros con­de­na­dos em Por­tu­gal, o mes­mo pa­dre Fre­de­ri­co, aca­bou a pas­se­ar no Cal­ça­dão de Co­pa­ca­ba­na?

Quem se lem­bra do au­tar­ca alen­te­ja­no quei­ma­do no seu car­ro e cu­ja ca­be­ça foi rou­ba­da do Ins­ti­tu­to de Me­di­ci­na Le­gal?

Em to­dos es­tes ca­sos, e mui­tos ou­tros, me­nos fa­la­dos e tão som­bri­os e en­ro­di­lha­dos co­mo es­tes, a ver­da­de a que ti­ve­mos di­rei­to foi ne­nhu­ma. No ca­so McCann, cu­jos de­sen­vol­vi­men­tos vão do es­ca­bro­so ao in­crí­vel, al­guém acre­di­ta que se ve­nha a des­co­brir o cor­po da cri­an­ça ou a con­de­nar al­guém?

As úl­ti­mas no­tí­cias di­zem que Gerry McCann não se­ria pai bi­o­ló­gi­co da cri­an­ça, con­tri­buin­do pa­ra a con­fu­são des­ta in­ves­ti­ga­ção em que a Po­lí­cia es­pa­lha ru­mo­res e in­dí­ci­os que não têm sub­stân­cia.

E a mi­ú­da de­sa­pa­re­ci­da em Fi­guei­ra? O que lhe acon­te­ceu? E to­das as cri­an­ças de­sa­pa­re­ci­da an­tes de­las, quem as pro­cu­rou?

E o pro­ces­so do Par­que, on­de tan­tos cli­en­tes bus­ca­vam pros­ti­tu­tos, al­guns me­no­res, on­de tan­ta gen­te 'im­por­tan­te' es­ta­va en­vol­vi­da, o que acon­te­ceu? Ar­ran­jou-se um bo­de ex­pi­a­tó­rio, foi o que acon­te­ceu.

E as fa­mo­sas fo­to­gra­fi­as de Te­re­sa Cos­ta Ma­ce­do? Aque­las em que ela re­co­nhe­ceu imen­sa gen­te 'im­por­tan­te', jo­ga­do­res de fu­te­bol, mi­li­o­ná­rios, po­lí­ti­cos, on­de es­tão? Fo­ram des­tru­í­das? Quem as des­tru­iu e por­quê?

E os cri­mes de eva­são fis­cal de Ar­tur Al­bar­ran mais os ne­gó­ci­os es­cu­ros do gru­po Carlyle do se­nhor Car­luc­ci em Por­tu­gal, on­de é que is­so pá­ra? O mes­mo gru­po Carlyle on­de la­bo­ra o ex-mi­nis­tro Mar­tins da Cruz, ape­a­do por cau­sa de um pe­que­no cri­me sem im­por­tân­cia, o da cu­nha pa­ra a sua fi­lha.

E aque­le mé­di­co do Hos­pi­tal de San­ta Ma­ria, sus­pei­to de ter as­sas­si­na­do do­en­tes por ne­gli­gên­cia? Exer­ce me­di­ci­na?

E os que so­bram e to­dos os di­as vão pra­ti­can­do os seus cri­mes de co­la­ri­nho bran­co sa­ben­do que a jus­ti­ça por­tu­gue­sa não é ape­nas ce­ga, é sur­da, mu­da, co­xa e mar­re­ca.

Pas­sa­do o pra­zo da in­tri­ga e do sen­sa­ci­o­na­lis­mo, to­dos es­tes ca­sos são ar­qui­va­dos nas ga­ve­tas das nos­sas con­sci­ên­cias e con­de­na­dos ao es­que­ci­men­to.

Nin­guém quer sa­ber a ver­da­de. Ou, pe­lo me­nos, ten­tar sa­ber a ver­da­de.

Nun­ca sa­be­re­mos a ver­da­de so­bre o ca­so Ca­sa Pia, nem sa­be­re­mos quem eram as re­des e os 'se­nho­res im­por­tan­tes' que abu­sa­ram, abu­sam e abu­sa­rão de cri­an­ças em Por­tu­gal, se­jam ra­pa­zes ou ra­pa­ri­gas, vis­to que os abu­sos so­bre me­ni­nas fi­ca­ram sem­pre na som­bra.

Exis­te em Por­tu­gal uma ca­ma­da sub­ter­râ­nea de se­gre­dos e in­jus­ti­ças , de pro­tec­ções e la­va­gens, de cor­po­ra­ções e fa­mí­lias, de emi­nên­cias e re­pu­ta­ções, de di­nhei­ros e ne­go­ci­a­ções que im­pe­de a es­ca­va­ção da ver­da­de.

Es­te é o mai­or fra­cas­so da de­mo­cra­cia por­tu­gue­sa

Cla­ra Fer­rei­ra Al­ves - 'Ex­pres­so'

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A não perder as suas intervenções no programa "O eixo do mal" da Sic Notícias onde, com as devidas desculpas aos outros intervenientes, é "Clara e os outros..."
A edição de hoje, dia 16 de Novembro, das 00.00 à 01.00h foi particularmente marcada pelo debate acerca dos acontecimentos relacionados com o estado lastimável da Educação deste País.
Clara Ferreira Alves para Ministra da Educação JÁ!!!!

...mas se só chega a Ministro quem não tem educação ou criatividade....

NÃO! deixe-se estar Clarinha! Faz muito mais falta a este País tal e qual como está e a fazer aquilo que tão bem sabe.
Muito obrigado e um bem-haja!

J.S.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

É falta de Educação!




Se dúvidas existiam acerca da importância de que se reveste a Educação de um País, eis que a crónica falta de Educação e de respeito demonstrada nos últimos dias pelos nossos Governantes lhes está a rebentar nas mãos e a sujar as cabeças com tons amarelados.
Quem não consegue falar, sem falsear e esconder a verdade, sobre qual o principal objectivo a atingir com a aplicação deste modelo de avaliação, sujeita-se a esta estranha chuva de objectos voadores coloridos.
O único e principal objectivo a atingir por estes governantes com este modelo de avaliação não passa nem nunca passou pelos nossos alunos ou pela melhoria da qualidade do ensino que este País lhes pode proporcionar.
O único e principal objectivo a atingir passa apenas e somente pelas primárias questões económicas de poupança cega do tão desassombrado dinheirinho deste triste povo à beira mar plantado...

É que os buracos e as derrapagens orçamentais são tantos e tão inqualificáveis que se vê logo a falta que uma boa educação lhes tem vindo a causar...

Se a Educação de um povo e de um País está somente condicionada por uma cega obediência a uma Política desastrosa com objectivos de mera poupança orçamental,

Estamos conversados!!!

Em Educação as prioridades são outras!
Ao terem demonstrado não entender esta simples e muito prática lição, estes governantes perderam aquilo para onde desejavam caminhar ligeiros e sem sobressaltos!



Fiquem desde já esclarecidos do seguinte!


A MAIORIA ABSOLUTA TÃO AMBICIONADA ACABOU DE SER ATIRADA PARA O CAIXOTE DO LIXO!


Essa já não a voltam a ter em mãos, foi-se embora...VOOU!


E já que as vossas prioridades são apenas as lutas intestinas pelos bastidores do Poder, fiquem-se com mais esta pequena lição!
O verdadeiro poder está na EDUCAÇÃO e em ter EDUCAÇÃO! Quem tão mal trata aqueles que a aplicam no terreno, aqueles que a constroem e a alimentam, arriscam-se a ver desaparecer, como espuma das ondas, o pseudo Poderzinho dos Gabinetes Ministeriais que lhes alimentam o pequenino EGO!

OS TEMPOS SÃO OUTROS!!!
COM A EDUCAÇÃO DE UM POVO NÃO SE PODE BRINCAR! NUNCA SE PODE BRINCAR!


É FALTA DE EDUCAÇÃO!!




Este é o Outono do nosso descontentamento!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

NÃO, senhora Ministra!

NÃO, senhora Ministra!
.
- Os professores marcham com indignação pelas ruas da capital porque se preocupam, ao contrário de Vossa excelência.
- Os professores lutam pela defesa e pela melhoria do Sistema Educativo deste País, ao contrário de Vossa excelência.
- Os professores querem ser avaliados, ao contrário do que Vossa excelência, de forma mentirosa e indigna para uma governante, vai propagando aos sete ventos nos media deste País.
- Os professores estão unidos e irão levar até às últimas consequências a luta que os une. Evitar a destruição total e completa daquilo que são os princípios fundamentais e as pedras basilares que sustentam a educação de um País, ao contrário de Vossa excelência.
Até breve!
Cordialmente JS

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O porquinho da Índia foi atropelado...


As meninas estavam muito chorosas do lado de fora da sala de aula, sentadas no chão as três. Duas delas abraçadas enquanto uma terceira ali estava em apoio, visivelmente assustada e preocupada com as colegas.

Passei a caminho de uma das salas e questionei as meninas se tinha acontecido alguma coisa grave, se alguém as tinha ofendido, o que se tinha passado.

Uma das meninas sentou-se perto de mim num pequeno banco em frente à porta da sala do gabinete do psicólogo e continuava em soluços...

- Sabe professor, eu tinha uns porquinhos da Índia! Dei dois deles à minha colega. Um desses porquinhos fugiu de casa, atravessou a estrada e foi atropelado! O outro era fêmea e ao dar à luz os bebés, também morreu! morreram todos! ( mais choro e muitos soluços )

Fiquei sem palavras!

Aconselhei depois a menina, de forma muito delicada, para não ficar assim tão triste. Quem sabe se ir até à sala de aula assistir à sempre objectiva e científica matéria de Ciências Físico-Químicas não a ajudaria a perceber melhor os porquês destes estranhos e incompreensíveis casos da vida?

Deve ter resultado! Da parte da tarde dei com uma das meninas chorosas numa saudável correria, calças rosas manchadas com as alegres cores de terra e verde musgo. Corria atrás de um colega com quem partilhava os azulados ares primaveris desta simpática tarde de Outono.

A aula de Físico-Química deve ter corrido bem!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

E se um dia houver mais espertos que gente madraça?


Os professores são todos uns madraços!


Talvez por isso mesmo muitos tenham aspirações a Ministros ( ou Ministras ) ou outros cargos bem mais relaxantes e muítissimo bem remunerados como, por exemplo, gestores bancários ou até, vejam lá, Presidentes da República...

Lembrei-me agora!!!

Este País está como está porque, imaginem, o nosso Presidente é professor!!!
Muito boa noite caríssimo Madraço, pois assim nos chama a todos o nosso Primeiro!

E se alguns destes Madraços se transformarem em testemunhas incómodas, só para que se saiba que ainda vivemos numa Democracia!

Se deixarmos que o Medo das "más notinhas do colégio da vidinha do triste fado" em que esta profissão se está a deixar enlear cresça exponencialmente, mais vale obstaculizar de vez com o Sistema.

Não foi a calar injustiças que este País se vez Portugal!

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